Por algum motivo, tem gente que aprendeu a conviver com o mundo de uma maneira
que o sujeito mais religioso ainda não aprendeu. Subverter certas
questões complicadas do dia a dia, a falta de amor, o stress no trânsito, o
individualismo, a ganância e tantos outros amigos do ego humano. Em meio a um
mundo que não conhece mais quais são de fato seus valores, existem pessoa que
escolheram andar por um caminho sóbrio, com um senso de moralidade muito
coerente, mas não oriundo diretamente de uma religião ou credo. É só
abrir os olhos, vez ou outra é possível se enxergar como alguns tem escolhido
viver, valores que vão além de uma cosmovisão programada, que foram sendo
construídos por uma questão de reflexão sobre a vida, de querer com que seu
mundo tenha uma harmonia própria, fazendo com que a vida siga em paz. De
onde vem esta vontade?
É
certo que a Boa Nova (cristianismo) possui valores intelectuais e
relacionais muito pertinentes, presando pelo amor sincero entre as pessoas e o
esforço para não entrar em conflitos sejam eles quais for. Mas não se pode
fugir de um fato triste porém real, tem gente que transformou essa tal Boa Nova
em um discurso tão cheio de ego e interesse, que amor e a paz citados acima
parecem ser uma falácia desmedida. Porém, em meio a isso tudo de forma
despretensiosa, no meio das artes, tem gente fazendo canção de despertar. Seria
a transcendência? Pensamentos contidos nas Escrituras Sagradas que por algum
motivo se refletem na arte de muitos, artista que não possuem nenhuma confissão
religiosa ou interesse direto com tal discurso.
Existem
muitos artistas cantando a Boa Nova “sem querer cantar, cantando”,
transformando, renovando sua mente e fazendo arte pra quem quiser ouvir.
Como no trecho da canção que ouviremos: "Eu que já não quero mais
ser um vencedor, levo a vida devagar pra não faltar amor...”. Ouçam “O
vencedor”, o evangelho segundo Camelo, em uma apresentação impar.
O Vencedor (Marcelo Camelo)
Olha lá, quem vem do lado
oposto
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor
Vem sem gosto de viver
Olha lá, que os bravos são
Escravos sãos e salvos de sofrer
Olha lá, quem acha que perder
É ser menor na vida
Olha lá, quem sempre quer vitória
E perde a glória de chorar
Eu que já não quero mais ser um vencedor
Levo a vida devagar pra não faltar amor
Olha
você e diz que não
Vive a esconder o coração
Vive a esconder o coração
Não
faz isso, amigo
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?
Já se sabe que você
Só procura abrigo
Mas não deixa ninguém ver
Por que será?
Eu
que já não sou assim
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
Muito de ganhar
Junto às mãos ao meu redor
Faço o melhor que sou capaz
Só pra viver em paz
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